terça-feira, 13 de abril de 2010

Tarefa_Semana2_Grupo19_CarlosLeite (CFTEaD)



 

 

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE MATEMÁTICA

LANTE – Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino

CFTEaD Curso de Formação de Tutores para Ensino à Distância

Tutora: Teresa Raquel Dalta de Carvalho

Aluno: Carlos Alberto Soares Leite

Pólo: Campo Grande – Grupo 19

Tarefa da Semana 2: “EaD: conceitos e potencialidades”

 

 

Experiências negativas no EaD e propostas de soluções

            Nesta 2ª. semana de curso, foi posto em discussão o tema relacionado às “potencialidades e limitações da Educação à Distância”.  Todos os participantes do fórum tiveram a oportunidade de expor suas experiências, positivas e negativas, em cursos de EaD.

            Diante de relatos dos colegas, é possível escolher alguns fatos considerados negativos e sugerir soluções para evitar que tais problemas ocorram no decorrer do exercício de uma tutoria.

            Destaque para três experiências negativas:

            1ª.) ... O relato a seguir aconteceu comigo mesmo num curso em que sou tutor e considero que teremos aspectos positivos e negativos a analisar.

O curso já havia acabado e o relatório final entregue, quando recebo um telefonema da coordenação relatando o questionamento de uma cursista por sua não aprovação, alegando que seus trabalhos escritos estavam feitos e avaliados como ótimos.
Como uma cursista avaliada como "ótima" poderia ficar reprovada? Por quê? Lá vou eu procurar os motivos pelo disparate.

Realmente os trabalhos escritos feitos pela cursista eram de ótima qualidade, mas coloquei para a coordenadora que a avaliação em um curso a distância não acontecia apenas com a avaliação dos trabalhos escritos, os fóruns tinham participação efetiva; a criação do conhecimento coletivo do grupo fazia parte integrante do contexto avaliativo e o fórum é uma ferramenta fundamental nessa modalidade. Expus para ela as várias mensagens que havia enviado para a cursista, indicando a importância do fórum e que sua participação era essencial para construção da identidade do grupo, ela tinha ótimo potencial e tinha muito a contribuir com todos, mas simplesmente não participava dos Fóruns propostos. Em suas poucas respostas sempre indicava que sabia que estava falhando e se sentia pouco a vontade nessa ferramenta. Dei retorno para a cursista, também, na própria plataforma, através do diário de bordo, ferramenta que fica disponibilizada apenas para o tutor e o cursista, indicando que estava deixando a desejar na interatividade com a turma, sendo que sua resposta era sempre evasiva e continuava a não participar.

Que situação hein?! “Infelizmente ficou reprovada...”. (Rodolfo Moreira Damasceno – Em 07/04/2010; às 12h13min)

            O episódio acima traz à tona a questão da avaliação.  A sugestão para este caso, sem querer entrar em seu mérito, é informar aos alunos previamente sobre as regras que foram pré-definidas pela coordenação do curso e os critérios que serão adotados.  O tutor terá que agir com clareza, a fim de evitar dúvidas e futuros transtornos.

            2ª.) “... A experiência que acho negativa é, a distância entre alunos e professores e entre alunos e alunos. Um exmplo que posso falar são dos trabalhos em grupo, que a meu ver ficam prejudicados em seu formato, pois, por mais que os integrantes se comuniquem por e-mail, msn ou pelos fúruns, o conteúdo nunca vai ser o mesmo do que se o trabalho fosse feito na presença do grupo. (Elisangela Gomes Faria – Em 07/04/2010; às 16h05min)

            O que fazer para que os trabalhos em grupo no EaD tenham a mesma qualidade daqueles que são feitos no ensino presencial?

            Inicialmente, deve-se aceitar a idéia de que educação à distância e educação presencial tem o mesmo ponto em comum: educação.  Ambas objetivam a construção do conhecimento por intermédio do envolvimento entre professores e alunos e entre estudantes e seus colegas.

            O EaD procura superar o problema da distância física através da utilização de ferramentas, materiais e meios de comunicação e informação disponíveis no mundo tecnológico.  Cabe as instituições educacionais selecionarem os meios mais adequados para aprendizagem, levando-se em conta os aspectos pedagógicos e a acessibilidade.

            Quanto aos trabalhos em grupo, uma maneira de minimização do problema em questão seria incentivar encontros presenciais entre os participantes.  Mas, quando isto não for possível, devido à distância geográfica, falta de tempo ou outras situações que impeçam as reuniões, faz-se necessário o uso de alguns meios e instrumento, tais como: telefone e computador (internet).

            A qualidade dos trabalhos estará ligada diretamente ao comprometimento de todos os participantes.  Desta forma, terá que haver respeito mútuo em relação ao ritmo de trabalho e às preferências individuais.  O tutor deverá exercer o papel de mediador e intervir nos momentos em que perceber dispersões no grupo.

             3ª.)... Negativa: Certos tratamentos de alguns Tutores, que não conseguem perceber, que a distância entre alunos/computador/tutor, tem que ser dosada. Alguns nos desistimulam. Foi o meu caso, em uma certa disciplina, logo no início no espaço para o forum, esta "tal" tutoria só me desanimava, falando que nada esta certo, que tudo  estava ruim, que tava muito fraca a resposta, assim foi por vários fóruns. Isto tudo foi a cada dia me fazendo um "mal" louco. Que resolvi desistir de tudo. Mas repensei e deixei o tempo rolar. Pois percebi que meus esforços seriam  em vão. Assim, deixei o tempo passar e não me preocupei mais.  (Amanda Cristiane Diniz – Em 09/04/2010; às 21h39min)

            Este aspecto negativo sugere uma grande reflexão sobre as estratégias de ensino-aprendizagem.  Neste caso específico, uma das soluções seria o tutor trabalhar com as respostas do aluno(a), por exemplo: suponha que o estudante enviou uma postagem “fraca”, ou equivocada, assim que possível o tutor deve responder-lhe citando trechos da mensagem e, com o uso de “polidez lingüística”, colocar outro ponto de vista.  Espera-se que desta maneira o aluno seja norteado rumo ao caminho desejado.

            Todas estas experiências vivenciadas por colegas (professores e alunos), em cursos de EaD, reforça a importância do trabalho de tutoria.  As inovações tecnológicas são fundamentais para o sucesso dessa modalidade de ensino, mas em geral, não garantem a construção do processo ensino-aprendizagem.

 

 

Referência Bibliográfica:

·       STRUCHINER, Miriam e GIANNELLA, Taís Rabetti.  Aprendizagem e Prática Docente: conceitos, paradigmas e inovações. Cap. 7 (síntese adaptada); 2005. Organização Pan Americana da Saúde.

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Um comentário:

  1. Feedback de Tutor
    Teresa Raquel Dalta de Carvalho [TD]
    segunda, 19 abril 2010, 20:36
    (Nota: 95,00 / 100,00)
    Parabéns, Carlos! Você fez o que foi solicitado: comentou as 3 experiências e propôs soluções . Poderia apenas ter usado mais base teórico, tanto do texto que você cita nas referências quanto de outras fontes, até da biblioteca.

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